De acordo com estudos realizados por grupos de ecologistas, os pássaros de Chernobyl não apenas estão se adaptando à exposição por radiação como poderiam até mesmo ser beneficiados por ela.
"Segundo Ismael Galván, do Conselho Superior de Pesquisas Científicas da Espanha, “estudos anteriores sobre a vida silvestre em Chernobyl apontaram que a exposição crônica à radiação causava esgotamento dos antioxidantes e aumentava o dano oxidante. Entretanto, nos deparamos justamente com o contrário: os níveis de antioxidantes aumentaram e o estresse oxidativo diminuiu com o aumento da radiação ambiente".
A equipe de ecologistas estudou diferentes espécies de aves em oito lugares distintos dentro da chamada zona de exclusão de Chernobyl, medindo os níveis de glutationa (um antioxidante fundamental), o desgaste oxidativo e os efeitos negativos no DNA dos animais. Para isso, realizaram análises com amostras de sangue e pigmentos de melanina encontrados nas aves.
O resultado demonstrou um aumento de glutamina e uma redução do desgaste oxidativo nas espécies investigadas, em vez da produção de radicais livres, esperada como resultado. Assim, observou-se um retardamento do envelhecimento dessas aves. Estas observações são de extrema importância para a ciência e para a compreensão das espécies. A pesquisa foi publicada em sua íntegra, na revista “Functional Ecology”.
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